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Dossier “Máquinas e Equipamentos” | Construir
01-02-2025
Em entrevista ao Jornal Construir para o Dossier Máquinas e Equipamentos:
Traçando uma radiografia do sector das Máquinas e Equipamentos para a Construção em Portugal, qual é o momento atual? Há incertezas?
O mercado da construção em Portugal mostra sinais positivos para 2025, com um crescimento projetado que supera os anos anteriores, impulsionado principalmente pelas necessidades do mercado da habitação e pelo investimento público, (segundo dados da AICCOPN). Estes sinais positivos refletem-se no mercado das máquinas e equipamentos. No entanto, as alterações político-económicas a nível mundial podem mudar este cenário, o que traz sempre muitas incertezas.
O desenvolvimento das novas tecnologias e a escassez de mão de obra tem feito crescer a procura por este tipo de máquinas, que ao longo dos anos se têm tornado melhores, mais eficientes e de menores dimensões. O que as torna mais práticas de transportar e de operar em obra. Tornando-se verdadeiros parceiros dentro da construção.
As questões de segurança têm também desempenhado um papel significativo no aumento do aluguer de máquinas e equipamentos no setor da construção. Nos últimos anos temos assistido a um aumento das restrições do levantamento de cargas permitidas por humanos. Isso por si só fez aumentar a sensibilização e a procura pelo aluguer de equipamentos adequados a este tipo de serviço. Principalmente as mini-gruas ou gruas aranha. Que são equipamentos pequenos, práticos com enorme destreza e precisão, que têm a capacidade de chegar onde a mão-humana não pode.
O aluguer de equipamentos tem um volume significativo ou a expressão é residual?
Nem todas as empresas do setor têm a capacidade de adquirir estes equipamentos, e com as diferentes necessidades de cada projeto torna-se difícil ter mais do que um tipo de equipamento para poder cobrir todas as exigências. Alugar estas máquinas permite maior flexibilidade e acesso a tecnologias atualizadas sem grandes investimentos de capital.
Torna-se assim mais sustentável e eficiente alugar um equipamento específico de acordo com a necessidade e durante o tempo indispensável.
Tem havido também uma evolução das máquinas-ferramenta com a integração de computadores e motores elétricos que permitem um aumento da precisão da operação. O que no caso das fachadas de vidro é uma mais-valia pela preocupação com soluções que reduzem os custos devido a quebra ou perda de material e aumentam a produtividade.
Quais são os desafios que se colocam hoje em dia às empresas que actuam neste segmento?
O aluguer de equipamentos de elevação e plataformas tem encontrado alguns desafios, nomeadamente o "set-up cost”. O valor do transporte destes equipamentos de pequena dimensão é por vezes mais caro do que o próprio aluguer, o que implica investir em "hubs" estrategicamente colocados para dar melhor resposta ao cliente.
Os operadores têm de ser certificados, e nem todas as entidades têm pessoas qualificadas para operar estas máquinas.
A manutenção é igualmente uma preocupação. A falta de experiência na operação destes equipamentos faz com que regressem à Almovi, com necessidades de manutenção e oficina. Por isso, temos uma equipa de especialistas e técnicos de manutenção, para que todas as nossas máquinas, bem como as das empresas que já adquiriam estes equipamentos, possam mantê-las 100% operacionais. No entanto, a escassez de mão de obra de técnicos torna-se também um desafio.
Quais são as grandes novidades em que a empresa está a apostar neste momento e em que medida são diferenciadoras face ao que existe no mercado?
No final de 2024 a Almovi adquiriu novos equipamentos, não só reforçando a sua frota habitual como também ampliando o tipo de oferta com a aquisição de mini-gruas com maior capacidade e robôs com ferramentas para serviços mais específicos e de precisão. Além da aposta no aluguer de equipamentos de elevação também investiu na aquisição de equipamentos de limpeza de terrenos, para poder corresponder às muitas necessidades das autarquias e de alguns privados neste segmento. Em conjunto com o reforço das equipas de assistência técnica, aumentamos a capacidade de resposta dos nossos serviços.
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